O amor é como um cigarro: a paixão o acende, o desejo fortalece a sua brasa e o coração recebe toda a toxina que vicia. Mas, assim como um cigarro, alguns amores também têm validade. Quando a brasa encontra o filtro, o amor se apaga.
Odeio deixar os meus cigarros pela metade, mas não vou perder tempo tentando fumar um que já se apagou. Tornamo-nos intragáveis e, agora, o que me resta é deixá-lo na memória. Num cinzeiro cheio de cigarros pela metade e histórias que eu nunca consegui terminar.
Como um isqueiro com pouco gás, nosso amor nasceu moribundo. Nos apagamos cedo demais.
Guilherme Givisiez