Oi, eu sou o Gui

Eu poderia começar me apresentando de várias formas, mas, embora haja muito a ser dito, prefiro iniciar respondendo à pergunta que mais ouvi durante a minha trajetória como escritor: as histórias que escrevo são todas sobre mim?

A resposta, embora ambígua, é sincera: sim e não. Em todos os enredos que envolvem as minhas criações há a minha visão de mundo, pois eu sempre a empresto aos meus personagens e todos eles, de alguma forma, representam momentos que vivi nas várias fases que metamorfoseei até chegar à atual. Como uma grande cronologia da vida real. Mas, embora haja muito sobre todos os “meus eus” nas entrelinhas das minhas histórias, eu não as vivi exatamente da forma como escrevo. Exceto alguns textos que são pessoais demais para serem publicados aqui.

Agora vamos às formalidades que, na verdade, nem são tão formais assim: eu sou o Guilherme Givisiez ou, caso você queira, simplesmente o Gui. Tenho 31 anos e, embora a graduação em jornalismo tenha vindo cedo, aos 20, as letras já eram uma paixão antes mesmo da minha alfabetização e isso me fez começar a escrever aos 6 anos, antes de entrar na escola. Atualmente sou pós-graduado em UX Writing e estou sempre em busca de novos desafios que desenvolvam a minha criatividade. As letras, palavras e toda a arquitetura que envolve a construção da escrita sempre foram uma arte bonita demais aos meus olhos e o alimento perfeito para a fértil imaginação que sempre permeou os meus pensamentos.

Aos 10 anos escrevi o meu primeiro livro de poesias, que na verdade era um pequeno caderno improvisado. Com o passar do tempo eu amadureci e a minha escrita acompanhou esse processo. Aos 17, já na faculdade, comecei a escrever sobre as relações humanas e até hoje esse tema me fascina. Minhas primeiras postagens sobre o assunto foram publicadas no “My Imaginary Friend”, um Tumblr que nutri durante anos com muito carinho. Lá, eu transcrevia os diálogos (que, na verdade, eram monólogos) entre o Zico, meu amigo imaginário, e eu. Mas isso é papo para outra hora.

Depois de alguns anos escrevendo para o Tumblr, constatei que todos os meus enredos se passavam em um mesmo cenário e todos os personagens estavam inseridos nele. Além disso, os diálogos, em suma maioria, refletiam fragilidades (correlatas às da geração líquida que vivemos atualmente) que, embora independentes, se complementavam em seus vazios. Assim, da definição de liquidez por Bauman, surgiu o nome que continua representando as minhas histórias, em todos os sentidos.

Em 8 anos de caminhada, embora às vezes os meus hiatos e abandonos sejam longos demais, o Amores Líquidos já me rendeu boas memórias e surpresas. São cerca de 200 mil seguidores nas redes sociais, frases curtidas por milhões de pessoas e compartilhadas por milhares, o que inclui personalidades como as cantoras Marília Mendonça e Helena Tannure, a atriz Paolla Oliveira, a influenciadora Viih Tube, entre outros perfis com milhões de seguidores.

Já foram mais de 20 exposições realizadas em espaços culturais por Minas Gerais, como a Galeria Cultural da Sede da Usiminas, em Belo Horizonte, a Fundação Aperam, em Timóteo, o Instituto Cultural Usiminas, em Ipatinga, e o Salão do Livro do Vale do Aço. Além disso, escrevi espetáculos teatrais, como o infantil Pedrinho e Aninha na terra encantada, que conquistou vários prêmios em festivais de teatro de Minas. Também fiz o roteiro de curtas-metragens e outros trabalhos audiovisuais.

Há muito mais a se dizer, mas, por enquanto, encerro nossa primeira apresentação aqui. Finalizo dizendo que, sinceramente, não sei quais serão os meus próximos passos. Talvez o lançamento do meu primeiro livro, a criação de outros espetáculos teatrais e produtos audiovisuais ou a concretização da exposição que há anos vislumbro fazer. Mas, por hora, independentemente de qual seja o próximo passo, já me satisfaz ter voltado a acreditar que eu sou capaz de galgar qualquer um deles. Tornaram-se explícitos novamente os sonhos que, por anos, estiveram ocultos dentro de mim. Assim, vi renascer a certeza mais preciosa que tenho: eu posso me perder de mim mesmo mil vezes, e, não importa o tempo que passe, eu vou sempre reencontrar o caminho de volta à minha essência e ao escritor que eu acredito ter nascido para ser. Mil e uma vezes se necessário for…

Boas-vindas ao meu universo Amores Líquidos.

Com amor, Gui.